sábado, 16 de abril de 2011




A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO


Vocês já pararam para pensar em como os meios de comunicação influenciam em nossas vidas? Vivemos em um mundo cuja globalização atingiu tal ponto que são poucas as comunidades que não tem acesso a algum meio de comunicação. O momento atual tem sido chamado de era das comunicações, já que o avanço tecnológico e o crescimento do acesso aos veículos de comunicação trouxeram inúmeras implicações para o ser social. 
Um dos meios mais influenciadores é a TV. No Brasil, um país em desenvolvimento, onde a exclusão social, caracterizada pelo não-acesso a fatores de qualidade de vida (como educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, etc.), a TV é o veículo de comunicação social mais acessível, mais presente, assumindo um importante papel na vida cotidiana.
A TV, nesse estágio está acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, e forma multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada envolvendo assim, todo o corpo social. É evidente a maneira que a televisão tem alargado sua influência em quase todas as partes do mundo. Ela é tão atuante na vida familiar que tem sido considerada um membro permanente.
De acordo com dados de 2003 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11,6% da população brasileira com 15 anos ou mais é analfabeta, ou seja, tem a televisão como uma das únicas fontes de informação. Aquilo que é apresentado na telinha torna-se verdade absoluta para aqueles que não possuem outros referenciais informativos ou repertório que lhes permita fazer uma leitura crítica do meio.
Os meios de comunicação são responsáveis por passarem a informação e muitos detêm poderes de manipulação e alienação das massas; sugerindo produtos e maneiras de agir, tanto de forma direta como indireta. A publicidade sempre nos mostra modelos perfeitos de ser, de vida ideal e que o expectador pode adquirir, desde que compre determinado produto.
 Os próprios programas de TV e as novelas chegam a mudar as formas de comunicação das pessoas, são adotados conceitos que antes a pessoa não tinha, chegam a alterarem hábitos, posturas, gostos e comportamentos. Quem nunca usou a marca “x” porque a personagem da novela estava usando, ou nunca disse determinada “palavra” ou “expressão” porque determinada pessoa usou na novela? A publicidade na mídia atua de tal forma que vende o “produto”, mas para garantir o Ibope, entreter e fidelizar o público, vende também idéias, valores e conceitos.
Torna-se necessário que sejamos pessoas críticas e não nos deixemos influenciar por tudo aquilo que vemos. Reconheço a importância dos meios de comunicação como parte de nossa evolução pessoal, entretanto não podemos estar sempre predispostos à eles. Devemos possuir nossa própria autonomia, nossa própria identidade.

A influência da propaganda

Concordo plenamente com a afirmação. Só esqueceram também de dizer que a propaganda estimula o consumo desenfreado e desnecessário, o consumo de doces e outros alimentos que fazem apenas mal a saúde, que expõe mulheres a condições de objetos sexuais (veja TODOS os comerciais de cerveja), entre outros problemas.
O único canal que minha filha de 3 anos assisti é a Discovery Kids que tem uma programação educativa voltada para crianças. O canal é ótimo, o único problema são os comerciais. Uma avalanche de propagandas apelativas. E claro, minha filha quer tudo de tudo.
Ontem fui ao shopping e minha filha viu numa loja de brinquedos uma boneca “doente”. Fazia dois dias que ela estava falando que queria a boneca doente que tinha injeção, estetoscópio, soro e outros acessórios médicos.
Preço da boneca? 199,90, isso mesmo, duzentos reais!
Minha resposta foi imediata. Filha, sem chance. Ela tinha direito a um presente e eu pretendia gastar até 100 reais.
Aí, ainda rodando pelo shopis, encontramos outra boneca “doente”, essa de uma marca genérica e por 67,90. Um preço alto, mas já mais aceitável. Comprei a boneca.
Chegamos ontem em casa por volta de 17 horas e ela brincou com a boneca por aproximadamente 1 hora e já perdeu o interesse. Hoje cedo brincou mais um pouco, e agora já quer outro brinquedo.
Isso é o que a propaganda faz. Estimula o consumismo, nos convence na amarra que algo é bom e que precisamos. Pura ilusão. Quase tudo que é anunciado não é necessário para nossas vidas.
Os publicitários estão na deles, criam propagandas cada vez mais chamativas que nos fazem pensar: Nossa, como vivi até hoje sem isso.
Agora cabe a nós adultos estabelecermos racionalmente o quanto podemos gastar em consumos supérfluos. Também cabe aos pais limitar seus filhos, ensiná-los o custo dos produtos e educar com firmeza, fazendo o que é necessário e não o que é mais cômodo.

Influência da TV...




 A influência da TV é uma temática constantemente abordada em sala de aula. Abaixo reproduzo uma texto da Revista Mundo Jovem, assim como apresento uma proposta de atividade sobre o texto.

Na frente da TV
“Quando estou em casa, sozinha, sempre ligo a TV. Ela acaba com a minha solidão.
É quase uma companhia. E eu tiro proveito disso. Quando minha família está em casa e a TV está ligada, nem precisa ter assunto. Mas, sei que a televisão não pode substituir a presença de uma pessoa”. Assim me falou a dona de casa Lúcia Silva, de 30 anos, moradora de um bairro de Goiânia.

Com um simples apertar de botão, a tela da TV ilumina um ambiente e toma o com tamanha eficiência, que acaba nos seduzindo e, não poucas vezes, nos prendendo diante dela. E prende não só as crianças ou adolescentes, mas às vezes toda a família, como revelou dona Lúcia.
Assim, a TV passa a ocupar e marcar a vida de muitas famílias.
Frente a um cotidiano tomado pela luta pela sobrevivência, nas famílias mais pobres os pais não dispõem de tempo para brincar, contar estórias, jogar bola, passear, conviver com os filhos. Muitos saem para trabalhar na madrugada e só voltam para casa tarde da noite, quando os filhos já estão dormindo.
Por outras opções e circunstâncias, os pais de famílias ricas também não têm tempo para conviver com os filhos.
Vemos, assim, que a família não encontra mais tempo para ficar junta, para desfrutar, “curtir” a presença uns dos outros. E quando o tempo sobra, todos param, calados, diante da televisão: “nem precisa ter assunto”... Na correria do dia-a-dia, aos poucos as crianças perdem os referenciais, quando o espaço familiar de convivência é substituído pela televisão.
Outras que já nascem nessa roda-viva, sequer chegam a adquirir referências dessa natureza.
A força da rede
Ninguém mais duvida de que a televisão é um veículo poderoso e em expansão.
Dentro dos meios de comunicação social, a TV perde para o rádio em termos de audiência. A cada dia, este grandioso veículo da comunicação investe mais em tecnologia e qualidade: TV a cabo, TV de alta definição, sistemas de filmagem usados no cinema transpostos para a televisão, dando cada vez mais beleza e qualidade às imagens que vemos.
Aperfeiçoa-se não apenas do ponto de vista tecnológico: veja as refinadas produções dos senados, novelas, programas científicos ou de entretenimento. A força que a televisão tem para mobilizar, encantar e informar
as massas é inquestionável. Ela oportuniza diversão acessível para muitas famílias que, geográfica ou economicamente, estão isoladas.
Não podemos negar a importância da televisão. Ela tornou-se, para muitos, o único canal de acesso ao conhecimento.
Estruturada em redes, a TV integrou diferentes nações do planeta, trazendo e levando notícias. As mais diferenciadas imagens dilatam as nossas pupilas, ora por causa da beleza, ora por causa da violência. A morte e a vida causando-nos espanto e emoção.
Pela TV, a realidade mundial se aproxima de nós e entra em nossas casas, através das imagens, dos sons, das músicas e dos textos falados nos diferentes programas. Assim, vamos nos inteirando de fatos desconhecidos e ampliando conhecimentos ainda em construção.
E, se não tomamos alguns cuidados, a TV acaba sendo um veículo invasor que chega sem pedir licença e vai até onde não queremos.
Não se pode subestimar a força ideológica das grandes redes de televisão, como nos chama a atenção Martín-Barbero: “A televisão não nos afeta só quando estamos olhando para ela. (...) A maior influência da televisão não se produz através do tempo material que lhe dedicamos, mas através do imaginário que ela gera e pelo qual estamos sendo penetrados”.
Atualmente, os pais não conseguem ser uma presença junto aos filhos, capaz de gerar valores. Talvez por isso fiquem tão aflitos e reclamem tanto que os filhos fiquem expostos à apologia do consumismo, da violência e a outros duvidosos valores que a TV veicula.
Portanto, apresenta-se um desafio para as famílias: como ajudar crianças e adolescentes a receberem criticamente o que a TV veicula? Como ajudá-las a ter critérios para selecionar o que assistir?
Como primeira educadora, formadora de valores, a família tem de continuar exercendo o seu papel, em qualquer contingência em que esteja inserida.
Se não assume esse papel, ela vai perdendo sua identidade formadora e, conseqüentemente, comprometendo a integridade moral e o equilíbrio afetivo das futuras gerações.
Na infância, a pessoa absorve certos valores que só a família, enquanto grupo, pode dar. Estes valores serão
determinantes para aprenderem a viver em grupo no conjunto da sociedade.
Nenhum outro grupo social ou veículo formador pode substituir o que é próprio da família.
À família cabe o papel de geradora de alguns dos “filtros” ou “óculos” pelos quais a criança, o adolescente, o jovem e o futuro adulto enxergará o mundo. Através destes “óculos” é que a pessoa distingue o bom e o ruim em tudo o que recebe, inclusive a programação da TV.

Por Rezende Bruno de Avelar, Psicopedagogo.

Fonte: Revista Mundo Jovem

81% dos Brasileiros consideram influência da mídia positiva.

A influência da mídia para o país é considerada positiva para 81% dos brasileiros, segundo a pesquisa feita pelo Pew Research Center. Já a intervenção presidente Luís Inácio Lula da Silva é positiva para o Brasil de acordo com 84% dos entrevistados. As informações são da Folha de S.Paulo.
As grandes multinacionais são positivas para 77% dos consultados, o governo, por 75%, as lideranças religiosas, por 67%, os militares por 66% e a polícia é bem vista por 53% das pessoas.
O levantamento pondera que grande parte dos brasileiros não concordam com Lula quando ele faz críticas à mídia e diz que a imprensa torce para ele fracassar.
Quando o assunto é a satisfação com as condições gerais de seu próprio país, 50% dos brasileiros se dizem satifeitos. O índice só é menor do que o regiustrado na China.
Fonte

A influencia da mídia nas pessoas.

A influencia da midia nas pessoas
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Assistir todos os dias a televisão, poder ficar informado é o que a maioria das pessoas fazem diariamente. Porém este contato diário com a televisão pode nos influenciar em muitas coisas não é mesmo? Obviamente que não a mídia tem grande influencia sobre o comportamento das pessoas, e em grande parte os mais jovens, e as crianças. Pois muitas vezes a mídia influencia as pessoas no sentido de formarem opiniões a respeito de determinados assuntos, ou outras vezes no sentido de induzir os telespectadores a comprar marcas de roupas, sapatos, perfumes, enfim, produtos.
Propagandas exibindo brinquedos tudo para deixar as crianças com vontade de obte-los e é claro, fazer a cabeça dos pais para que comprem o brinquedo desejado.
Muitos padrões de beleza também são ditados pela mídia, pois a televisão em grande parte das novelas, em seus filmes, mostra apenas pessoas lindas, belas, e é claro magra, com cabelos invejáveis, nos demonstrando que é necessário ser daquela maneira para aceito por todos.
Novelas que muitas vezes exibem a sexualidade em horários que não deveriam ser transmitidos, pois crianças têm o acesso muito facilitado, cenas de violência, temas impróprios para os horários, enfim temas que podem ser influenciados por pessoas que acreditam que só porque o artista da televisão está fazendo, acha que fazendo igual ficará bonito também. Sem contar que a falta de cultura é grande, pois nos programas televisivos por que eles não demonstram como é bom e muito gratificante estudar, e só nos trará muitos benefícios.
E em algumas pessoas a mídia até modifica o modo de ser, de agir, enfim influencia e mexe realmente com a vida de muitas dessas pessoas.
Portanto sem dúvida alguma que a mídia tem sim grande influencia sobre a vida das pessoas, mas também não podemos deixar de falar que se a mídia influencia é por que as pessoas se deixam influenciar, já que ninguém é obrigado a assistir programas ruins, e nem a comprar produtos só pelo fato de ser exibido na televisão. Por isso, a televisão tem também as suas programações boas, o mais correto a ser feito é cada um tomar consciência e não se deixar levar por coisas ruins que a mídia oferece.
  Já nos tempos primitivos, o homem tem uma idéia de trabalhar com imagens em que estão fortemente ligado com o  desenvolver da civilização. Com o aperfeiçoamento de técnicas, a história do homem nos revela a vontade de reproduzir tudo com total fidelidade ao real.  A fotografia nos aproximou dessa idéia e fez com que a realidade fosse captada e impressa.
Vilém Flusser (http://br.geocities.com/vilemflusser_bodenlos/) em seu texto ” A necessidade de uma filosofia da fotografia ” critica que sempre se supôs que os instrumentos são modelos de pensamento. A sociedade, os inventa tendo por modelo seu funcionamento do corpo, mas algo faz esse mesmo criador a se alienar e se esquecer que seu corpo que foi a base de criação e torna o instrumento criado como seu o modelo para o mundo e para toda a sociedade, a aí uma inversão de papeis. O texto cita a falta de liberdade do fotógrafo, então Flusser aponta que “…liberdade é jogar contra o aparelho”. Os fotógrafos expermentais tentam obrigar o aparelho a produzir imagem que não está em seu programa. Não sabem que estam tentando resolver o problema da liberdade em um mundo dominado por aparelhos.
O cinema deu movimentos as fotografias e ficamos ainda mais mais próximos da reprodução da realidade. Porém, através de efeitos, as fantasias se tornaram próximas e possiveis aos nossos olhos.  A Televisão tem algumas carecteristicas do cinema, mas por estar mais próximo das pessoas e por estar mais relacionada com o presente, a TV se tornou o meio de comunicação mais eficiente. A TV tem um poder de divulgar qualquer mensagem para qualquer pessoa e é nesse assunto que eu vou me aprofundar um pouco mais.
Somos todos diferentes e temos interesses diferentes, e com essa divesidade de assuntos, inúmeras mensagens são captadas e assimiladas por quem não deveria. Podemos citar como exemplo as crianças. Cada vez mais temos como principais espectadores crianças e jovens com uma mente ainda não esclarecida que assistem as constantes cenas de violência tanto em noticiarios, em novelas ou jogos. Com maior freqüência as cenas eroticas vão ocupando lugar na programação que são um estimulo à erotização cada vez mais precoce de jovens e crianças. Quantas vezes já não nos deparamos com meninas de seis, sete anos usando mini-saia, tamancos querendo imitar as roupas das mulheres da novela, elas querem usar roupa de adulto, não mais de crinças; querem parecer mais atraentes sem nem ao menos saber para que, não sabem o significado disso. As imagens aparecem com vários assuntos em um curto espaço de tempo, e as crinaças muitas vezes não compreendem o que estão vendo e como conseqüência essas imagens vão atormentar a mente da crinça que não conseguem esclarecê-las. Cabe aos pais ou responsáveis e educadores tomar atitudes no sentido de evitar o uso indicriminado por seus filhos.
Outro problema independente do conteúdo, é que a TV é um meio de comunicação passivo, ou seja, não convida o espectador à reflexão. Segundo Hans Magnus Enzensberger( http://www.livroscotovia.pt/autores/d_e_f/e_4.htm ) os meios eletrônicos ( Rádio/TV ) mobilizam, querem ter um receptor sob controle. Ele propõe que as massas sejam mais ativas, criticas, livres, e que sejam elas as produtoras.

A Influência da Televisão.

Escrito por Paulo Sacaldassy
Quando a televisão foi criada, não se imaginou que o então aparelho que foi colocado como principal objeto nas salas das famílias, acabaria tendo tanta influência na vida das pessoas. Mas o fato é que o tal aparelho inofensivo, se tornou um instrumento por demais perigoso.
É claro, e não cabe aqui maiores contestações, que quando bem aplicada, a televisão acaba atendendo e suprindo certas necessidades de informação que as pessoas de uma maneira geral têm. O problema é a sua má utilização e certas influências que de uma forma ou de outra ela acaba gerando.
Poderia descrever aqui inúmeras influências que a televisão é capaz de provocar nas pessoas, desde modos, maneiras e comportamentos, até opiniões e opções político-partidárias, mas o que me interessa descrever aqui é a influência que a televisão tem sobre os jovens e os seus desejos de se tornarem um artista.
Que o fascínio provocado pela televisão é grande, também não se discute, só que é justamente esse fascínio, misturado ao glamour das festas e da vida cotidiana dos artistas que a televisão mostra que acaba influenciando e confundindo o jovem quanto a sua opção pela vida artística.
É óbvio, que a maioria dos jovens de hoje em dia que dizem para todos que querem ser artistas, não sabem, aliás, não têm a mínima idéia do que estão falando, pois talvez o eles queiram de verdade é apenas aparecerem na televisão, serem famosos, e fazerem parte deste glamour mostrado pela televisão.
Talvez esses jovens nem sejam de todo culpados, na realidade, muitos dos pais que também influenciados pela televisão, fazem de tudo para colocarem seus filhos em evidência, e não medem esforços para torná-los o “artista” da hora, sequer imaginam, o quão é sofrida e difícil a vida de um artista de verdade, também têm suas parcelas de culpa.
Não estou aqui para desdenhar o sonho de ninguém, muito pelo contrário, acho até que aqueles que sonham em serem artistas, trabalharem na televisão, serem famosos, devem, enquanto são jovens, esquecerem um pouco tudo isso, e focarem única e exclusivamente em suas formações. Estudem, leiam, invistam em seus conhecimentos, pois a fama é efêmera e jamais deve ser o objetivo.
E essa caixa mágica que enfeita a nossa sala, exerce mesmo um fascínio e uma influência quase que hipnótica sobre todos nós, por isso, precisa-se tomar muito cuidado em não misturar o que é apenas uma vontade de se ver ali na tela da televisão, vivendo toda aquela vida de glamour, da profissão de artista, que na verdade, não tem nada do glamour, e é feita de sacrifícios e construída degrau a degrau, até se consolidar em uma carreira de sucesso.

O poder de influência da mídia.

Por Washington Araújo em 4/1/2011
A cultura de massa que temos está umbilicalmente conectada com a pauta apresentada instante a instante em algum dos veículos de comunicação em massa. Nada lhe escapa e, por isso mesmo, enorme é sua responsabilidade na criação da geração-consumo que temos "em nós" e também "diante de nós". Tendo como cenário as mudanças climáticas, a degradação ambiental e os extremos corrosivos da riqueza e da pobreza, a transformação de uma cultura de consumismo irrestrito para uma cultura de sustentabilidade ganhou força em grande parte graças aos esforços das organizações da sociedade civil e agências governamentais no mundo inteiro. A par com essas forças, e mesmo permeando-as, temos o poder de influência e onipresença da mídia.
Existem situações-limite em que não é lícito ser espectador de espetáculo nefasto que nós mesmos produzimos. Alardear a desgraceira toda, desnudar os mecanismos de poder envolvidos no debate para se criar políticas públicas de alcance mundial e, acima de tudo, alertar que o futuro é hoje, são tarefas que os meios de comunicação não podem e não têm a quem delegar.
O estágio de "aldeamento"Além das políticas de informação e tecnologias "verdes", a transformação que precisamos realizar vai exigir um exame sério da nossa compreensão acerca da natureza humana e dos "esquemas culturais" seguidos por instituições do governo, por empresários da área de educação e dos meios de comunicação ao redor do mundo. Perguntas sobre o que é natural precisam ser reexaminadas criticamente. A questão do consumo e da produção sustentável deverá ser considerada no contexto mais amplo de uma ordem social cambaleante que se caracteriza pela competição, violência, conflito e insegurança da qual ela própria é parte.
Os meios de comunicação poderiam considerar promover tais mudanças visando a um consumo e produção sustentáveis, algo que implicitamente nos levará a desafiar normas e valores culturais que têm promovido o consumismo a todo o custo. Concepções subjacentes deverão ser examinadas. Estas questões incluem concepções da natureza humana, do desenvolvimento (e da natureza do progresso e da prosperidade); das causas das recentes crises econômicas, dos processos de desenvolvimento tecnológico, dos meios e dos fins dos processos educativos. Uma tarefa gigantesca? Sim, mas não maior que o poder de mobilização e influência que os meios de comunicação em massa detêm, na medida em que o planeta chegou ao estágio atual de "aldeamento", ou seja, o planeta mostrou ser pequeno, ao alcance de uns poucos cliques na internet, ao alcance de imagens replicadas por satélites estrategicamente localizados.
Tempo de avançarO alargamento das fronteiras da informação alargou também nossas visões do mundo e vestiu velhas palavras com novos e desafiados significados. A palavra "estrangeiro", quando utilizada nos anos 1950 – portanto, há bem pouco tempo –, trazia consigo sentidos de reserva, suspeita, medo e tudo porque nossos sentidos não estavam acostumados a ver nossos semelhantes residentes em outros continentes com aquelas nossas características humanas, plausíveis, reais. Hoje, a palavra "estrangeiro" perdeu as garras, depôs pretensos tentáculos venenosos e assim do nada deixou de nos causar emoções negativas. "Estrangeiro" passa a ser apenas mais uma palavra desdentada que não mais aponta para os demais como nossos dessemelhantes. E não ouviremos mais nos telejornais que tal evento "aconteceu no estrangeiro". É tudo Terra, é tudo azul, é tudo aquele pálido ponto azul perdido na imensidão do espaço. Há décadas "no estrangeiro" deixou de compor manchete em jornais. Isso se deu graças ao avanço dos meios de comunicação.
Estará a mídia, a grande mídia, preparada para promover novos conceitos de cidadania mundial, de paz internacional, de apreço e defesa dos nossos esgotáveis recursos naturais? Estarão os profissionais da comunicação desarmados o suficiente para municiar o inevitável debate sobre temas que afetam a todos, como a segurança mundial, os meios para a produção de melhores condições de vida a populações historicamente massacradas, massas anônimas da humanidade que somente entram no futuro pela porta dos fundos?
É vital que os meios de comunicação revejam sua missão, seus objetivos e se pautem por cima. Que não vejam apenas os dias que correm, mas que lancem o olhar sobre os próximos 20, 30, 50 anos. É tempo de aprendermos uns com os outros, de expressarmos perspectivas e experiências e avançarmos coletivamente rumo à construção de uma sociedade justa e sustentável. Isso tudo transcende esquerda e direita. Isso tudo abomina a partidarização política dos meios de comunicação.
Contradição paralisanteA questão da natureza humana tem um lugar importante no discurso sobre o consumo e produção sustentáveis, uma vez que nos leva a reexaminar, em níveis mais profundos, quem somos e qual nosso propósito na vida. A experiência humana é essencialmente de natureza espiritual: ela está enraizada na realidade interna, ou o que alguns chamam de "alma", que todos nós partilhamos em comum. A cultura do consumismo, no entanto, tende a reduzir os seres humanos a meros concorrentes, em consumidores insaciáveis de mercadorias e objetos freneticamente alvos de manipulação do mercado.
É comum aceitarmos como se certa fosse a noção de que deparamos com um conflito insolúvel entre o que as pessoas realmente querem (ou seja, para consumir mais) e o que a humanidade precisa (ou seja, um acesso equitativo aos recursos).
Como, então, poderemos resolver a contradição paralisante que, por um lado, desejamos um mundo de paz e prosperidade, enquanto, por outro lado, grande parte da teoria econômica e psicológica retrata seres humanos como meros escravos de seus desejos egoísticos?
"Sonhos impossíveis"As faculdades necessárias para construir um mundo mais justo e uma ordem social sustentável são aquelas de sempre, estas mesmas que podem atribuir nobreza ao caráter humano: moderação, justiça, amor, motivos sinceros, serviço ao bem comum. Ora, tão antigas quanto elas, essas palavras vêm sendo julgadas ao longo dos séculos como ideais ingênuos. Sim, pensar grande, abarcar a espécie humana em um pensamento maior de fraternidade vem sendo rotulado como perda de tempo, ingenuidade rematada. Como se devesse merecer nossa atenção, ocupar nossos milhões de neurônios apenas aquelas questões mais comezinhas e que falem diretamente ao nosso bem-estar individual, à nossa "felicidade" pessoal. E, nada mais ridículo que isso, uma visão castradora do muito de bom e de belo e de justo que poderia ser nosso. E de todos nós.
Mas sei que devo insistir em um ponto: justiça, moderação, serviço altruístico à nossa espécie são algumas das qualidades necessárias para superar os traços de egoísmo, ganância, apatia e violência que no mais das vezes são fomentadas pelo mercado com as bênçãos de forças políticas que asseguram a vigência dos atuais padrões insustentáveis de consumo e produção.
A vida, não nos iludamos, é muito mais que arenga política, que escaramuças entre PT e PSDB. É tempo de entendermos a brisa que sopra nesta frase de Clarice Lispector: "O que alarga a vida de uma pessoa são os sonhos impossíveis."

Reality show com 40 crianças causa polêmica nos EUA:

Clique aqui para ler artigo original
Um reality show que estréia nesta quarta-feira nos Estados Unidos está causando grande polêmica no país por envolver crianças. O programa Kid Nation, da TV americana CBS, reúne 40 crianças de 8 a 15 anos, que ficaram confinadas durante 40 dias numa cidade abandonada no deserto do estado do Novo México. Para atingir o objetivo do reality show, os jovens tinham de criar uma sociedade funcional com um sistema próprio de leis, comércio e classes sociais. Clique aqui para assistir à reportagem As crianças foram deixadas sozinhas sem qualquer vigilância e grupos de direitos humanos acusam os produtores de exploração infantil. Os pais das crianças assinaram um contrato de 22 páginas em que isentavam os produtores de qualquer reponsabilidade pelo bem-estar de seus filhos. Acidentes Mas há relatos de que os jovens foram obrigados a passar 14 horas em frente às câmeras, e de acidentes, como o de um menino que teria queimado o rosto com gordura quente. Kim Talman, da Associação Nacional para Proteção de Crianças disse: "As leis sobre trabalho infantil são muito frouxas no Novo México. Por isso é que eles foram para lá''. "Na Califórnia e em Nova York eles nunca teriam conseguido permissão para um programa como este. E a maneira como eles estão tratando o assunto passa a idéia de que as crianças não foram empregadas para fazer o programa", critica Talman. O que está por trás das filmagens de Kid Nation só os produtores sabem, já que até agora nem os críticos de TV assistiram ao episódio de estréia. Já houve pedidos para que a CBS cancele o programa, mas a rede de TV indicou que não pretende voltar atrás. A CBS diz que não está tentando evitar má publicidade e que o programa faz parte de sua estratégia de marketing.

A influência da música.

A música como uma forma cultural, pode ser examinada quanto à significações codificadas e decifradas por produtores e públicos diferentes. Especificamente, os produtores da música funcionam dentro do contexto de certas condições políticas, sociais e econômicas e com determinadas intenções. Podem perpetuar uma ideologia pelo exercício da hegemonia ideológica ou exprimir a resistência.
Por outro lado, a música é usada por pessoas em posições estruturalmente subordinadas para criticar os problemas sociais, expressar o seu descontentamento com o estado da sociedade e resistência à hegemonia e a ordem que os governa.
Podemos argumentar que a música sempre foi um canal para expressar idéias que opõem e inflamam poderes hegemônicos.
Não devemos censurar a música somente por causa de mensagens violentas, vulgares e abusivas que ela promove ao mundo. Como filmes e televisão, a música também é vista como influência no comportamento do seu público, em particular os adolescentes. Isto é claramente verdadeiro, dado que os públicos da música se dividem em “Tribos" (criando diferentes sub-culturas), onde o seu cabelo é cultivado mais longo, a roupa fica menos convencional e o uso de drogas se torna a atividade central. Por isso, uma profecia de Auto-realização é criada.
Muitas Teorias tentavam explicar o que a música de influência tem sobre os adolescentes, como a da Escola de Frankfurt. A Escola de Frankfurt visionou os meios de comunicação como uma seringa hipodérmica, argumentando que os conteúdos dos meios de comunicação foram injetados nos pensamentos do público, que aceitou as atitudes, opiniões e crenças expressas pelo meio sem questão.
Muitos artistas e adolescentes negam que a música violenta os influenciem. Os comentaristas no furor atual por cima da música Rap devem lembrar que já ouvimos estes argumentos nos anos 50, quando Elvis e Jerry Lee Lewis horrorizavam políticos e pais por causa das letras que contiveram referências de violência, drogas e sexualidade.
Pode-se argumentar que a estratégia de marketing de companhias de música modifica a maneira de como a música se espalha.
Para gerar mais vendas e lucro, as agências de música fazem ampla promoção. Os cartazes, vídeos e anúncios de cantores podem ser vistos em todo lugar para persuadir o seu público a comprar os produtos.
Certas medidas foram tomadas para tornar os pais mais conscientes sobre o tipo da música que seus filhos escutam. Uma estratégia nos Estados Unidos e na Europa foi o “Adesivo Consultivo” que foi obrigado a ser usado nas capas de gravações que usam palavrões e/ou conteúdo adulto. Inicialmente, este adesivo foi destinado para indicar que alguém menor que dezoito anos não poderia comprar o disco.
Só não foi argumentado que, a música Rap e Hip-Hop têm influência sobre os adolescentes, mas a música Metal também enfrentou a censura, especialmente por causa das suas alusões a sexo, drogas, e bebidas alcoólicas, sem falar das suas letras indecifráveis.
O Rock & Roll foi basicamente visto como uma forma de música rebelde desde a sua existência. Por causa das implicações e significados ocultos associados com a música Rock, algumas crenças antiquadas continuam causando uma discrepância entre a população da época.
Muitos músicos participaram na luta contra a censura. Eles acreditam que a censura viola a “Liberdade de Expressão”.
Um artista de música Rock como Marilyn Manson um dos artistas mais controversos no mundo de hoje decidiu provocar e se expressar de forma extrema. Foi argumentado que Manson é protegido pela lei que garante a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, e a liberdade da associação (assembléia). A lei também protege os direitos do cidadão a crer no que quiser, e o direito de não ser obrigado a crer numa religião que não seja a sua. O Manson explora esta liberdade ao máximo, conseguindo transmitir a sua mensagem através de qualquer meio possível, principalmente à geração mais jovem.
Contudo, os artistas e os produtores defendem suas letras e músicas, e exigem que esses atos venham puramente de auto-inspiração, e não influência extrínseca como a sua música.
Após de mais de mil estudos, realmente não fizemos muito progresso e muitas perguntas permanecem:
Algumas pessoas são menos capazes de distinguir-se entre letras artificiais e verdadeiras?
Alguma censura é justificada para proteger adolescentes?
Por mais que procuremos encontrar as respostas das perguntas sobre os efeitos da violência nos meios de comunicação, mais perguntas parecem ser geradas.
Como Sr. Blanket disse: “Temos de falar com os produtores musicais, com os distribuidores, com aqueles que atuam na indústria de música sobre o que é e o que não é aceitável”.
Sharon White / Steve Allen
Steve Allen Steve Allen é consultor e produtor musical. Autor de "Marketing na Música – Estratégias de Sucesso", "Gerenciamento Pessoal na Industria Musical" e "Street Teams – Aumente a Sua Base de Fãs"

BIG BROTHER BRASIL

Autor: Luiz Fernando Veríssimo
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.

A influência da internet.

Quando o escritor norte-americano Nicholas Carr começou a pesquisar se a internet estava arruinando nossas mentes, assunto de seu novo livro, ele restringiu seu acesso à internet, deu um tempo no e-mail e desligou suas contas no Twitter e no Facebook.


Carr levantou em 2008 a questão controversa de que "o Google estaria nos deixando idiotas" e decidiu aprofundar sua pesquisa sobre como a rede afeta nosso cérebro. Seu livro examina a história da leitura e a ciência de como o uso de diferentes mídias afeta nossa mente. Explorando como a sociedade passou da tradição oral para a palavra escrita e depois para a internet, ele detalha como nosso cérebro se reprograma para se ajustar às novas fontes de informação. Ler na internet mudou fundamentalmente a forma como usamos nosso cérebro.


Artigo original completo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

A fama e a influência da mídia na felicidade dos jovens!

Diego Pereira Machado
Acadêmico do 9º semestre de Direito do Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA).



A insatisfação dos jovens brasileiros com o próprio corpo e com a sua condição social é imensurável e demonstra ser um sentimento crescente. A busca por uma posição de destaque, de superioridade ou de onipotência é uma marca deste século, processo involutivo se contrastarmos com a inoperância e conformismo dos jovens frente aos problemas sociais da atualidade. Essa nova filosofia de vida, de insatisfação pessoal permanente, como se algo quase que inalcançável faltasse, priorizando-se o “eu”, é utilizada como mecanismo eficiente pela TV brasileira para venda de seus produtos, resultando na formação de uma nova juventude, onde a prioridade é a conquista da fama, do sucesso e dinheiro, consequentemente de uma suposta felicidade ditada pela TV.
A influência dos programas de TV começa desde cedo, na infância, sequer espera, não se restringe à adolescência. Não é de se espantar que sejam realizadas inúmeras pesquisas por grupos de estudo, instituições internacionais, pela Igreja e missionários que tentam desvendar qual a influência dos programas televisivos no comportamento dos jovens, defendendo teses de que a TV passa uma mensagem oculta de incentivo ao sexo, violência, homossexualismo e, até mesmo, para os mais radicais, apologia ao “satanás”.  Neste sentido, em outubro de 1998, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma pesquisa sobre os desenhos animados transmitidos pela televisão brasileira com o objetivo de medir a quantidade de violência passada para as crianças. O resultado foi assombroso, pois de acordo com a pesquisa, uma criança brasileira que assista a duas horas diárias de desenho animado estará exposta a 40 cenas de violência explícita, já em um mês, seriam 1.200 cenas e, num ano, pasmem, seriam 14.400 cenas de pura violência sendo produzidas dentro da própria sala de estar das nossas casas.

A fama resulta como uma espécie de motor que rege a mente dos jovens, vítimas de uma programação que mais se parece com o livro vermelho de Mão Zedong[iii], vislumbrando criar um novo homem (no nosso caso famoso!) sem dar muitas opções. Esta falta de escolha pode ser facilmente constatada se levarmos em conta que a grande maioria dos lares brasileiros não têm internet e muito menos TV a cabo. Encontramo-nos adstritos a assistir programas como o que transforma simples brasileiros em famosos, sendo assim, transmitem a mensagem de que alcançaram a felicidade e o sucesso (Ex.:Big Brother – Rede Globo), ou em assistir novelas que se estruturam numa produção semelhante à mexicana e que transformam a traição em exercício diário e a raiva de um ser por outro num toque sedutor (E.:Canavial de Paixões - SBT).
 A música, como muitos programas de TV, também é utilizada pela mídia como ferramenta auxiliar para passar a mensagem de que a busca pela fama deve ser perene. É mais um meio de “castrar” a esperança de mudança dos jovens. Esta constatação, em que a música é um caminho doentio para atingir a fama, independente dos obstáculos, que não são mais a qualidade e dedicação, mas sim a sensualidade dos corpos, faz-nos lembrar de uma entrevista em que Gilberto Gil foi perguntado sobre sua opção de vida, se não tivesse seguido esta carreira de tanto sucesso, sendo assim, o que ele seria. Ele disse: “Eu teria ido estudar música”.[iv] Sorte nossa que podemos prestigiar tanto sucesso e qualidade, resultado de muita dedicação. Como Gilberto Gil, não esqueçamos de Caetano Veloso, que chegou a contratar compositores da música erudita para lhe dar aulas de composição, era um tempo em que não se falava em “É o Tchan”, em “Terra Samba” ou em “Os Sungas”.  Um tempo em que o talento era prioridade e a fama era apenas um resultado concreto de dedicação.

A influência da música na sociedade!

Essa matéria foi publicada na Edição 445 do Jornal Inverta, em 26/06/2010



A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura.
A influência da música na sociedade
A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura.
O feito de cantar ou escutar uma canção pode desencadear efeitos emocionais numa pessoa. Tristeza, alegria, nostalgia, raiva, muitos são os sentimentos que veem aos ouvintes da música. Estes sentimentos, quando contidos em várias pessoas, podem gerar movimentos sociais. Como exemplo, os movimentos: punk, grunge, alternativo e emotivo (este, o mais popular no Brasil). Muitos movimentos buscavam, como meta, uma maior liberdade de expressão e uma melhor qualidade de vida na sociedade.
Portanto, a música pode ser considerada uma das artes que mais influenciam na sociedade. Por isso, muitas mídias optam pela monopolização do mercado fonográfico. Se há décadas era a censura a principal vilã, agora é a alienação, o controle do que vai ou não fazer sucesso. Isso somado ao descaso pela qualidade musical atual na sociedade brasileira, especialmente nas classes mais pobres, provocando um declínio cultural.
Ocorrendo o declínio cultural, ocorre juntamente o declínio da educação, com o declínio da educação, aumenta a facilidade de alienação. Situação perfeita para os políticos, burgueses e outros monopolizadores da nossa sociedade. É só observar em volta, liga o rádio e escuta o que está tocando, liga a TV no domingo e vê os grupos convidados para tocar nos programas, provavelmente não são grupos tocando canções com letras bem elaboradas e que falem sobre questões sociais, certo?
No Brasil, é predominante o movimento cultural emotivo. Isso porque são produzidas em exagero músicas que só falam de amor, isso é visto em todos os estilos. Não que falar de amor seja algo ruim, o problema é que as grandes emissoras só colocam obras com esse tipo de tema para tocar, parecendo até que estamos num filme de amor, onde tudo são flores.
A população tem que entender como é preciso uma melhoria na arte nacional, pois através dessa melhoria poderão ocorrer efeitos muito significativos na educação. Projetos sociais com o intuito de incentivar as crianças a trabalhar com a música e a arte em geral, especialmente nas favelas, facilidade ao acesso a instrumentos musicais, e entre outras ações que podem, juntais, modificar aos poucos a cultura da nossa sociedade, melhorando assim, a nossa qualidade de vida.

Diego Kobylinski


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como a mídia interfere na opinião e nas decisões do cidadão


A mídia não só interfere nas nossas opiniões com também nas nossas decisões.
Hoje, de maneira sofisticada e instantânea, a televisão e rádio têm explicações para todos os problemas, soluções rápidas e eficientes para todas as necessidades, respostas prontas para todos os questionamentos. Mas tem-se a impressão de que isso vai levando, aos poucos, a uma apatia e massificação, onde não são mais possíveis iniciativas, onde não se fazem mais perguntas, onde deixam de existir possibilidades, onde não se produz mais o “novo”. Todos consomem, todos trabalham, todos reagem do mesmo modo, todos respondem da mesma maneira aos estímulos da mídia, todos pensam do mesmo modo, conforme os donos das notícias e da comunicação que os orientam.
As mídias “montam” o mundo (constrói, desconstrói e reconstrói); Ela é manipuladora, e cria a “formação de impressões” sejam elas quais forem.
O mundo que conhecemos através das notícias, das informações que chegam até nós é, portanto, um mundo “selecionado”. Cortado e recortado, montado de acordo com certos interesses. Na medida em que selecionam os fatos, escolhem o ponto de vista e determinam à ordem em que vamos tomar conhecimento deles.
Perante a essa situação, o indivíduo acaba se deparando com uma mídia “perfeita”, “acabada”, “organizada”, sem dar-se conta da incompletude, do imperfeito e, conseqüentemente, da crítica e da reflexão, consumindo sem questionar.
Voltando ao início do trabalho, agora podemos afirmar que a Gestalt então, explica que valorizamos os fatores pessoais enquanto há possibilidades de distorção da percepção da realidade. Já o Behaviorismo nos deixa explícito o “indiscutível” repertório de comportamento que adquirimos em função dos meios de comunicação (mídias). Essas nos impõem estímulos, assim como a manipulação do sujeito. O dono do estímulo tudo pode fazer. O que no processo de comunicação de tamanha abrangência, como em nossa sociedade, significa nada mais, nada menos o poder do controle social. 

Trabalho da disciplina de Comunicação Comparada e Multimeios -Professor Wiliam


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